COLÉGIO
ESTADUAL PROFESSOR EDILSON SOUTO FREIRE - CEPESF
Aline
Freitas, Gabriela Mendes, Henrique Guilherme, Natália Anjos.
E-mail:
cepesf3dm2019@gmail.com
CONSTRUINDO
UMA PILHA DE OXIRREDUÇÃO COM MATERIAIS RECICLÁVEIS
Dias
D'Ávila, 2019
RESUMO
O
presente trabalho tem por objetivo mostrar ao aluno a montagem e o
funcionamento da
pilha utilizando
Al e Cu com solução NaCIO Hipoclorito de sódio, através
de experimentos com materiais reciclados.
O conteúdo estudado através da experimentação permitiu aos
alunos
contato direto com o objeto de estudo, bem como, melhor compreensão
dos conceitos químicos. Os materiais utilizados foram de fácil
aquisição e manipulação.
Palavras-chave:
Oxirredução; sustentabilidade; energia; relatório.
1. INTRODUÇÃO
As
pilhas estão presentes em nosso cotidiano, pois sempre estamos
utilizando-as em aparelhos e utensílios, tais como: lanternas,
rádios, aparelhos telefônicos, calculadoras, entre
outras. As
pilhas ou células eletroquímicas são sistemas em que a energia
química transforma-se espontaneamente em energia elétrica, através
de uma reação de oxidação-redução que consiste em uma perda e
ganho de elétrons, respectivamente.
As
pilhas, presentes constantemente no cotidiano do aluno é uma forma
de estudar as reações de oxirredução
bem como mostrar de forma clara e concisa o seu funcionamento e os
seus componentes além de permitir explorar outros conteúdos de
eletroquímica, tais como: eletrodos (ânodo e cátodo), eletrólitos,
potencial padrão de redução, agente oxidante e redutor, ddp,
energia livre de Gibbs, espontaneidade de reação, tipos de pilhas,
associação em série de pilhas (bateria), entre
outras.
Luigi
Galvani (1737-1798) publicou em 1791 uma pesquisa em que ele havia
dissecado uma rã e observado que quando dois metais diferentes
entravam em contato com ela, os músculos da coxa da rã sofriam
contrações. Galvani acreditava que os músculos da rã armazenavam
a energia e os metais eram apenas condutores. No
entanto, o físico italiano Alessandro
Volta (1745-1827) não
acreditava nisso. Ele realizou novamente essa experiência de Galvani
e repetiu uma série de experimentos, utilizando metais diferentes. A
sua conclusão foi de que a eletricidade não se originava dos
músculos do animal, mas sim do contato entre os metais distintos, e
a rã apenas reagia a essa eletricidade externa. Tanto que se fosse
utilizado o mesmo metal, os músculos da rã não se contraíam.
Volta
estava correto e, para comprovar sua teoria, construiu a primeira
pilha elétrica em 1800.
Uma pilha é um dispositivo que transforma energia química em
energia elétrica, ou seja, reações de oxirredução entre metais
distintos que transferem elétrons um para o outro, gerando um fluxo
de corrente elétrica que pode ser aproveitado.
A
pilha
de Volta,
também conhecida como pilha
voltaica (ou
ainda, pilha
galvânica),
é formada por discos intercalados de dois metais diferentes. Por
exemplo, são colocados placas
de prata (o
ânodo, equivalente ao polo negativo),
e zinco (cátodo,
equivalente ao polo positivo) eram intercaladas com papel mata-borrão
(um tipo de papel-filtro)
e
um
disco de papelão embebido em uma solução de salmoura (solução
alcalina),
formando pilhas de Ag + Zn + papel + Ag + Zn + papel.
Continua realizando essa montagem intercalada: disco de prata/ disco
de zinco/disco umedecido até formar uma coluna alta, mas que
consegue se sustentar; por último, as extremidades da pilha são
ligadas com um fio condutor externo.
Assim,
esse dispositivo recebeu esse nome porque realmente era uma “pilha”,
isto é, discos empilhados formando uma coluna. Os discos de metais
foram denominados por Volta de condutores
secos ou
de primeira classe, enquanto o embebido em salmoura foi denominado de
condutor
úmido ou
de
segunda classe.
Atualmente
existem vários modelos de pilhas, mas, de forma geral, elas seguem o
seguinte aspecto:
Os
modelos mais utilizados são a chamada pilha de Leclanché e a pilha
alcalina, as quais apresentam as seguintes diferenças:
- Possui um ânodo formado por zinco metálico;
- Possui um cátodo formado por uma pasta com cloreto de amônio, água, amido e dióxido de manganês;
- Possui uma barra de grafita que serve como condutora para os elétrons que partem do cátodo em direção ao ânodo.
- Possui um ânodo formado por zinco metálico ou cádmio;
- Possui um cátodo formado por óxido de mercúrio, óxido de níquel e iodo;
- Deve apresentar no material que compõe o cátodo uma base misturada.
Pilha
de Leclanché
Pilha
Alcalina
- Latinha de refrigerante (Al)
- Fio de cobre (Cu)
- Tubete
- Água sanitária
- Voltímetro (para medir o volt)
- Leds
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Pilhas
eletroquímicas são sistemas que produzem corrente contínuas e
baseiam-se nas diferentes tendências para ceder e receber elétrons
das espécies químicas. Para
a construção da
pilha utilizamos produtos de reciclagem como latinha de refrigerante
(Al),
água
sanitária,
fios
de cobre (Cu), estilete, prego e uma tampa. O fio de cobre
foi desencapado e colocado dentro do tubete, a latinha de
refrigerante
foi recortada
e
lixada para ser retirada a película de revestimento da parte
interna, para recortar usamos uma
faca ou estilete quente para
ser realizado o corte.
Logo
após, com o prego também quente foi feito um furo na tampa. O corte
servira para encaixar a lâmina
de alumínio
e o furo para encaixar a barra de cobre e
evitando que ambos se toquem. Feito
isso, foi
colocado dentro do tubete, após adicionamos uma quantidade de água
sanitária fechamos e
observamos se aconteceria algum vazamento, caso isso aconteça,
pode
ser usada para vedação cola quente. Após, medimos
junto
com o professor
os volts de cada pilha feita, depois
de esperar alguns minutos para que a reação dos metais sejam feitas com
o hipoclorito de sódio.
Para acrescentar a água sanitária não deverá permanecer por muito tempo ali
dentro sempre se não for usada logo, pois a mesma irá corroer o alumínio e o cobre antes
de ser feita seu experimento, também pode ser reutilizada assim que
for preciso.
Após
fizemos um circuito elétrico simples, pode-se ser feita com fios de
carregadores ou de aparelhos não mais utilizados. As leds foram
conectadas em um fio deixando
o
polo positivo e com
o polo positivo, o polo negativo com o polo negativo formando uma
corrente. E nessa solução foram conectados o cobre e o alumínio em
série, obtendo-se assim, os polos positivos e negativos, com a
energia suficiente para os leds serem ligados. Isso
acontece porque os geradores e os receptores reais (em contraposição
a modelos ideais) têm uma resistividade elétrica que pode ser
considerada uma resistência interna, intrínseca dos aparelhos.
A
tensão total produzida pelo gerador, isto é, sua tensão nominal,
também é chamada força eletromatriz (fem), representada pela letra
grega épsilon (E). Portanto, podemos reescrever a equação acima
como: U = e- r. i. Essa
expressão é conhecida como equação do gerador. Um gerador ideal
possui resistência interna desprezível (r = 0), portanto UAB
=
e. Caso o gerador inserido no circuito não seja ideal, sua
representação deverá incluir a resistência interna.
4. RESULTADOS
Com
este experimento observamos que os ledes acendeu, os alunos
aprenderam na prática o processo básico de corrente elétrica,
oxirredução, transferência de elétrons e como transformar energia
química em elétrica.
Um
aspecto muito importante do trabalho de Daniell foi o fato de ele ter
optado por utilizar, nas pilhas, soluções de sais em vez de
soluções ácidas, já que essas últimas produzem gases tóxicos.
Fizemos
a medição da força eletromatriz
com
o resultado de
3,78
V,
após
medimos a
tensão elétrica e seu
resultado
como 4,0
V e
medimos também
a
intensidade da corrente elétrica que resultou
em 0,68
ma.
Cálculo:
U
= r.i
r.i
= U
r
= 3,78\1000 = 0,68
r
= 0,68.1000\3,78
r
= 179Ω
5. CONCLUSÃO
A
partir da prática
realizada, foi possível comprovar a natureza elétrica de algumas
reações, além da transformação de energia química em
energia elétrica. É possível perceber também que uma reação de
oxirredução é previsível, ou seja, é possível prever se
determinada reação será espontânea ou não e que a voltagem
fornecida pela reação dependerá diretamente da concentração das
soluções envolvidas, mas é possível se ter uma ideia de qual vai
ser essa voltagem.
7. FOTOS
![]() |
PILHA PRONTA |
![]() |
FIO DE COBRE, TAMPA, TUBETE E ALUMÍNIO, ANTES DE SER MONTADA. |
6. REFERÊNCIAS
ELETROQUÍMICA\
GUIA DO ESTUDANTE. Disponivel em:
<https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/eletroquimica/
>.
Acesso em: 25abril 2019
2º
SIMPOSIO NORDESTINO DE QUIMICA. Disponivel em:
<http://www.abq.org.br/sinequi/2016/trabalhos/104/8715-22355.html
>.
Acesso em: 25abril 2019
PILHAS
E BATERIAS. EBAH. Disponivel em: <
<https://www.ebah.com.br/content/ABAAABdxcAK/pilhas-baterias
>.
Acesso em: 26abril 2019
CANAL
DO EDUCADOR. BRASIL ESCOLA. Disponivel em:
<https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/uma-pilha-parecida-com-pilha-daniell.htm
>.
Acesso em: 27abril 2019Ω
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