Ácido
Acetilsalicílico e o Paracetamol
Colégio
Estadual Professor Edilson Souto Freire
Dias
D'Ávila – BA
Fernando
Santana
Henrique
Guilherme
Natália
Anjos
Paulina
Barreto
Ácido
Acetilsalicílico (AAS),
é um medicamento utilizado como anti-inflamatório, antipirético,
analgésico. É, em estado puro, um pó de cristalino branco ou
cristais incolores, pouco solúvel na água, facilmente solúvel no
álcool e solúvel no éter. A reação feita para a sua obtenção é
entre o
ácido salicílico e o anidrido acético.
Se os comprimidos da aspirina
ficarem
guardados por um longo tempo, poderemos sentir um cheiro de vinagre,
o que indica que o seu consumo não é recomendado, podendo causar
violenta irritação. Isso significa que a aspirina
sofreu
decomposição por hidrólise, originando o ácido
salicílico e ácido acético (ácido
presente no vinagre). É
indicado para aliviar dores em geral. Além disso, a aspirina é
utilizada no tratamento de câncer, diabetes,
mal de Alzheimer.
Seu
mecanismo de ação baseia-se na inibição irreversível da
ciclooxigenase (COX-1). Esse efeito inibitório é especialmente
acentuado nas plaquetas, porque estas não são capazes de sintetizar
novamente essa enzima. Acredita-se que o Ácido Acetilsalicílico
(substância ativa) tenha outros efeitos inibitórios sobre as
plaquetas. Por essa razão é usado para várias indicações
relativas ao sistema vascular.
Pode
provocar irritação da mucosa gástrica e sangramento digestivo,
sobretudo em dose alta e tratamento prolongado. Embora pouco comuns,
podem ocorrer casos de hipersensibilidade manifestada por
broncoespasmo, asma, rinite, urticária e outras manifestações
cutâneas. O uso prolongado do ácido acetilsalicílico em altas
doses
tem sido associado com diminuição da função renal.A
fórmula
do ácido acetilsalicílico é um composto orgânico de funções
mistas, sendo que ele possui um grupo funcional ácido
carboxílico e um éster presente
em sua estrutura.
A
sua fórmula molecular é: C9H8O4
O
paracetamol é um dos fármacos mais empregados no mundo, podendo ser
administrado associado com outras substâncias, como cafeína ou
aspirina. Tem sido utilizado há muitos anos, porém a primeira vez
que observaram sua toxicidade foi na década de 1960. Hoje é a droga
mais comum em auto envenenamento, com uma alta taxa de morbidade e
mortalidade. O
paracetamol,
também conhecido por acetaminofeno, é um fármaco com propriedades
analgésicas
e
antipiréticas
utilizado
essencialmente para tratar a febre
e
a dor
leve
e moderada,
embora
existam poucas evidências de que o seu uso seja realmente eficaz no
alívio da febre em crianças.
O
paracetamol é um metabólito ativo da acetanilida e da fenacetina e
devido a sua menor toxicidade em relação às mesmas, passou a
substituí-las em diversas formulações farmacêuticas, sendo
administradas doses diárias que variam de 0,3 a 1g. Ele vem
substituindo o ácido acetilsalicílico (AAS), pois possui
propriedades analgésicas e antipiréticas análoga, sendo muito
recomendado a pessoas que apresentam sensibilidade ao AAS.
O
paracetamol pode ser obtido pela redução do nitrobenzeno com zinco
metálico na presença de cloreto de amônio, levando à formação
de um sólido instável N-fenil-hidroxilamina, o qual é
imediatamente tratado com uma solução de ácido sulfúrico para a
obtenção do p-aminofenol. Em seguida o p-aminofenol é acetilado
com anidrido acético, para a formação do paracetamol, que pode ser
purificado por recristalização a partir de uma solução
hidroalcoólica.
Se
usado em doses altas, misturadas com bebidas alcoólicas,
visto
que o fígado, quando está a metabolizar o álcool,
não pode metabolizar simultaneamente o paracetamol, aumentando,
portanto, o risco de hepatotoxicidade.
A
sua fórmula molecular: C8H9NO2
A
cafeína é
um composto orgânico da família dos alcaloides.
Os alcaloides, por sua vez, são aminas cíclicas que apresentam
anéis heterocíclicos contendo nitrogênio. Além de ser um
alcaloide, a cafeína é uma amida(substância
que apresenta o nitrogênio ligado a um grupo carbonila).
As
principais fontes de obtenção da cafeína são a semente do café
e
a folha de chá-preto.
A
cafeína é estimulante do
sistema nervoso central e, assim como todo alcaloide, causa
dependência
química,
ou seja, vicia. Com as informações dadas acima, observa-se que
muitas vezes as pessoas tomam café para que a cafeína atue como
estimulante e elas permaneçam acordadas por mais tempo. No entanto,
seu efeito, para essa finalidade, é muito passageiro, assim a pessoa
aumenta as doses de café. Como a cafeína leva ao vício, a pessoa
ingere cada vez mais essa substância. O consumo excessivo de cafeína
pode levar até mesmo à morte, pois pode causar irritabilidade,
insônia, diarreia (pois ela atua também como um diurético)
e palpitações no coração. A dose letal para uma pessoa adulta de
70 kg é de 10 g (isto é o que contém 100 xícaras de café, 200
latas de refrigerante de cola e 50 kg de chocolate). A
cafeína é absorvida pelo trato intestinal de forma rápida e
completa, apresentando biodisponibilidade de 100% e alta solubilidade
tanto em água quanto em solventes orgânicos não polares. A cafeína
atravessa rapidamente as membranas celulares, assim como a barreira
hematoencefálica e placentária, atingindo grandes concentrações
em todo o corpo, inclusive no encéfalo. As grandes diferenças
observadas na concentração plasmática da cafeína em cada
indivíduo, após administração da mesma dose, estão relacionadas
principalmente às variações do metabolismo. Essas variações
dependem de quatro fatores: polimorfismos genéticos, indução e
inibição metabólica do citocromo P450, alterações individuais
(sexo e peso), e a existência de hepatopatia.
A
sua
fórmula molecular: C8H10N4O2
Como
podemos ver a
molécula de paracetamol é bem complexa, nela estão presentes
vários grupos funcionais: grupo carbonila (C=O) e hidroxila (O-H),
uma estrutura aromática (anel benzeno) e uma nitrila (– CN).
A síntese
do ácido acetilsalicílico possui
como catalisador o ácido sulfúrico (H2SO4). O anidrido acético é quebrado em duas
moléculas. Uma delas ataca o benzeno e retira o grupo OH, e
a outra une-se ao grupo OH que saiu do benzeno e forma o ácido
acético.
Porém,
o ácido
acetilsalicílico pode interagir com outras drogas,
como exemplo, uma dessa interação pode ser feita com o paracetamol
e deve
também levar em consideração a possibilidade de efeitos aditivos
ou múltiplos que conduzem a danos na formação de coágulos
sanguíneos e/ou que o risco aumentado de sangramento podem ocorrer
se um salicilato, especialmente ácido acetilsalicílico, se for
usado simultaneamente com qualquer medicamento que possua um
potencial significativo para causar hipoprotrombinemia,
trombocitopenia, ulceração ou hemorragia gastrointestinal.
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